“Tive complicações renais, queda de cabelo e aumento do clitóris. Foi horrível”, afirma Janaína Prazeres
Janaína Prazeres, de 35 anos, foi apontada como a “mulher perfeita” em um estudo que utilizou inteligência artificial para definir padrões estéticos. Apesar do título, sua busca por melhorias na aparência teve consequências sérias. Durante quatro anos, ela utilizou o chamado chip da beleza, um implante hormonal com finalidade estética. O resultado foi o oposto do esperado.
Segundo Janaína, os efeitos começaram a surgir logo nos primeiros meses de uso. “Usei o chip da beleza por quatro anos. Era absorvível, e eu não recomendo. Causou um excesso de hormônios desnecessários no meu corpo. Tive complicações renais, queda de cabelo, aumento do clitóris e uma infecção nos pontos. Foi horrível”, relata.
Por conta das mudanças no corpo, ela chegou a recusar trabalhos. Um deles foi uma campanha de moda praia, com ensaios fotográficos em biquíni, que teve que deixar de lado por não se sentir bem fisicamente. “Não me reconhecia mais. Não tinha condição de me expor daquele jeito.”
Com o agravamento dos sintomas, Janaína desenvolveu um quadro de depressão. Ela afirma que os efeitos colaterais afetaram sua autoestima, sua rotina e seus relacionamentos. “Você espera se sentir melhor, mas tudo piora. Me vi em um ciclo que não conseguia sair, sem saber o que mais aquele implante poderia causar”, diz.
Hoje, ela não recomenda o uso do chip da beleza. Após interromper o tratamento, iniciou um processo de recuperação e acompanhamento médico. “Depois de tudo o que passei, jamais indicaria esse caminho para alguém. Estou focada em me recuperar por completo e espero que minha história sirva de alerta para outras mulheres”, conclui.
Jessica Estrela Pereira 11940747166 [email protected]
